O maior problema do monóxido de carbono reside no fato de ser um gás extremamente venoso para os vertebrados, porque interfere no processo respiratório.
O processo respiratório dos vertebrados está relacionado com a hemoglobina, substância presente nos glóbulos vermelhos do sangue. Quando respiramos, as moléculas de oxigênio (O2) formam ligações com os íons de ferro das moléculas de hemoglobina (Hb). O produto dessa reação é a oxi-hemoglobina (HbO2).
A oxi-hemaglobina, levada pela corrente sangüínea, entra em contato com todas as células do corpo. O oxigênio então se desprende e entra nas células para participar de reações químicas que nelas ocorrem. A hemoglobina fica novamente livre, podendo assim ligar-se a outras moléculas de oxigênio. Essa substância é, portanto, uma transportadora de oxigênio no organismo dos vertebrados.
Existindo monóxido de carbono no ar inspirado, haverá no sangue uma “competição” entre CO e O2 pelas moléculas de hemoglobina. O problema causado por essa competição é o fato dos íons Fe2+ ligarem-se mais fortemente ao CO do que ao O2. Com isso, as moléculas de hemoglobina que reagem com CO, dificilmente tornam-se livres, perdendo assim sua função transportadora de oxigênio – costuma-se dizer que a hemoglobina fica desativada.
Quando maior a concentração de CO no ar inspirado, maior a quantidade de hemoglobina desativada e, como conseqüência, mais graves os danos causados à saúde.
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